Caoa Chery Tiggo 7 T e TXS
Se o Tiggo 5x nos agradou pelo cuidado na parte interna, o Tiggo 7 vai além e mostra que a CAOA Chery fez a lição de casa para se destacar nas categorias mais competitivas do mercado. A partir do momento em que você abre a porta, se destaca o painel de porta revestido com esmero, mesclando couro e plásticos de bom aspecto visual. Ponto positivo também para o couro presente na parte central do painel, o que confere bem mais requinte para a cabine do Tiggo 7. Os bancos do SUV também chamaram a atenção pelo bom apoio ao corpo e o conforto que proporcionam aos 5 ocupantes do carro.
O Tiggo 7 conta com uma versão mais acessível, no caso a X, mas ela fica devendo requintes muito valorizados na categoria como o revestimento interno de couro, por isso vale mais a pena partir mesmo para o Tiggo 7 TXS se você está de olho no SUV. Considerando a faixa de preço do Tiggo 7, a diferença de preço entre as versões não é tão grande assim e no caso do Tiggo 7 X você também terá que abrir mão do teto solar panorâmico, dos airbags laterais e de cortina, entre outros itens bem relevantes e que valem o investimento.
Voltando para nosso paralelo entre Compass e Tiggo 7, o entre-eixos bem maior do Tiggo 7, no caso 2,67 m contra 2,63 m do Compass, confere uma cabine ao representante da CAOA Chery uma cabine extremamente bem aproveitada para 5 adultos. A largura do Tiggo 7 de 1,83 m também faz diferença e amplia a sensação de espaço que o SUV oferece. Para quem senta no banco traseiro do Tiggo 7, não falta espaço para os joelhos ou para a cabeça. Mesmo com pessoas mais altas a bordo do banco dianteiro, ainda fica livre uma boa área para quem ocupa a segunda fileira de assentos.
Para um carro familiar, o Tiggo 7 mostra-se uma excelente opção. O porta-malas do modelo acomoda 414 litros de bagagens com os bancos na posição normal, praticamente um empate com os 410 litros do Compass.
Se vai bem no nível de equipamentos, custo-benefício e acabamento, na parte mecânica o Tiggo 7 também surpreendeu. O modelo conta com um acerto de calibração desde a resposta dos pedais até a direção com um nível de refinamento que dificilmente encontrávamos em modelos de origem chinesa. Mérito certamente da equipe de engenharia brasileira da CAOA, a qual soube lapidar muito bem o projeto do Tiggo 7 para sua produção local.
Bem equilibrado e estável ao volante, o Tiggo 7 também conta com amparo dos controles de tração e estabilidade para aprimorar ainda mais a segurança. O baixo nível de ruído a bordo também denota um bom cuidado no projeto assim como na construção e montagem do modelo.
O SUV médio chega ao mercado com o mesmo motor 1.5 turbo do Tiggo 5x, com potência de até 150 cv com etanol e torque máximo atingindo os 21,4 kgfm independente do combustível escolhido.
O propulsor não faz do Tiggo 7 um esportivo, mas suas reações ao volante são bem mais convincentes do que o Compass Sport com seu 2.0 flex aspirado.
O Tiggo 7 mostra-se um carro mais ágil nas retomadas e acelerações, assim como se sai um pouco melhor no quesito consumo, pontos onde o Compass flex deixa a desejar. Segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, o Tiggo 7 entrega médias de 9,7 km/l na cidade e 10,9 km/l na estrada, ambas com gasolina, enquanto o Compass flex, mesmo com start-stop, não vai além dos 8,8 e 10,8 km/l, respectivamente.
O que favorece o Tiggo 7 no desempenho não é nem tanto a questão do torque um pouco maior que o motor turbo proporciona, mas a rapidez nas trocas e a boa calibração do câmbio de dupla embreagem de 6 marchas colaboram para aprimorar a eficiência de maneira geral. Aliás, esse é um ponto relevante do Tiggo 7, que, além da transmissão naturalmente mais cara do que um câmbio automático convencional, também conta com layout multibraço para a suspensão traseira, o que favorece o conforto e o controle dinâmico do modelo. O sistema de freio a disco nas 4 rodas também colabora com a eficiência de frenagem.
Fonte: https://www.autoo.com.br/